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Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

Quais são as principais características desta condição?


O excesso de preocupação que ocorre de modo excessivo, exacerbado e persistente, é a principal característica do Transtorno de Ansiedade Generalizada ou TAG, porém, essa preocupação excessiva vem acompanhada por sintomas físicos comuns, como, taquicardia, sudorese, insônia, fadiga, dores musculares e dificuldades para relaxar.


As preocupações que assolam os indivíduos, por sua vez, são vastas e não se restringem a apenas uma categoria de sua vida, possuindo como principal característica serem temas que, geralmente, não são fontes de preocupação para a maioria das pessoas, porém são de difícil controle para o sujeito, causando sofrimento significativo, ou interferência em seu desempenho pessoal.


O TAG é um transtorno psiquiátrico subdiagnosticado, pois são raras as vezes que o indivíduo procura diretamente um serviço ou profissional de saúde mental, optando por um clínico geral ou médicos de especialidades diversas, talvez motivados pelas queixas físicas que a condição provoca.


Na Atenção Primária de Saúde, o Transtorno de Ansiedade Generalizada é uma das condições mais prevalentes, apresentando alta porcentagem de comorbidades, como, depressão e outros transtornos de ansiedade, como, fobia social e pânico. Atualmente, TAG e a preocupação, tem sido associadas a condições de saúde importantes, como, problemas cardíacos e hipertensão arterial.



Pacientes com TAG colocam muita atenção em estímulos ameaçadores e tendem a interpretarem estímulos ambíguos como ameaçadores. Apresentam, mais frequentemente características de personalidade com timidez e neuroticismo. Em geral o TAG está associado aos eventos de vida indesejáveis ou traumáticos (Zuardi, 2017).



Tratamento


A abordagem psicoterápica é prioritária no tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada, dado o componente psicológico significativo na gênese do transtorno. O tratamento farmacológico também pode ser considerado em determinados casos, porém nunca deve ser oferecido como única opção terapêutica ao indivíduo.


Existem várias abordagens psicoterápicas que podem ser utilizadas como estratégia para tratar TAG, dentre elas, a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), que busca como estratégia o desenvolvimento de habilidades cognitivas que possibilitem ao indivíduo o melhor enfrentamento de situação frequentes no transtorno, como, avaliação negativa de eventos, baixa tolerância em situações ambíguas, baixa confiança na solução do problema e dificuldades em tomar decisões, em virtude das excessivas avaliações de alternativas.


Por fim, vale ressaltar que para ter êxito no tratamento, o sujeito deve ser ativo em seu processo terapêutico, buscando permanecer motivado em sua busca e ter a capacidade de percepção de sua própria realidade.



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